domingo, 25 de maio de 2008

Tempo composto de manifesto

Aos XIX de Maio

(mais uma intentona da reacção)


Porque há coisas in dis cu tí veis

Princípios pelos quais não devíamos sobreviver

E tê-los no sítio ou procurar ou simplesmente ser

[um clássico: a vosso gosto]



Perscruto o meu interiorxxagora

Eu abaixo da minha consciência

Eu nos estados inferiores

Despertadoxxviolentamente

Donde queria fazer morada ou

O tal mistério da descrença no irreal

Mente posto em causaxxpor renúncia

Ao (des) virtuoso princípio

E apenas assim não me vejo.

Uma vez mais arremessado

(quel merde?!) do razoável e

Ambicionado repertório [exangue]

Do olhar desfiltradoxxum ex-pasmo

Por vezes azul outras dourado

Da dramática semente desorden(h)ada

Carência de humanidadexxorfão

De canais em sinal aberto…


Poderá alguma vez nascer a vontade colectiva

De ver o sol?



Circulo enclausurado entre o ódio

Tornado [esmagadoramente comum]

A conspiração latente das pastelarias

(porque afinal É o que importa Cesariny)

Inclinação desnatura dos entes dementes

Mais as suas vozes fechadas

En-ve-ne-na-da-men-texxquase sempre

em surdinaxxo nojo calculado e

Calcorreadoxxde umbigos desatados

Onde Maquiavel faria escola.

A simplicidade NÃO É a transgressão

Na proporção inversa da união

pelo embustexxfeito normal

(Máscara da insegurança)

O fora de jogo é dado à penitência

E têm de errarxxos projectados

Sitiados em pedopreocupações-zinhas-ógicas…


O caminho sempre se faz caminhando

Ou teremos de continuar a olhar-por-cima-do-ombro?



Desperto para o i(ni)maginável

Peso das trevasxxlobo do homem

(Rosseau faz cheque a Makarenko)

Para o soluço das cáries

Cheias de gente bonita

[por foraxxnunca por dentro]

Pois tudo é um enganoxxnem alternativa

Nem o bafiento ideal a atingir.

Estertor da miséria criativaxxe antes

Do já proclamado apocalíptico naufrágio

Desoperários do falhado e incapaz

Para não terem de falar do ofício

Espelham-sexxabdicando do sangue

Conluiam-se e combinam-se

Celebrando o caos enraivecidoxxsujo

A desumanização sem cordial

Improficuamente famintos da jogatina


Quantos anjos negros são necessários

Para começarmos a desejar a mágoa?


Jamais com o desabandono do ego…


Vila das Aves, 24 de Maio de 2008

1 comentário:

Unknown disse...

Bravo Xavi. Bela demonstração da pena que escreve o que muitas vezes não se diz ou algumas também o que não se pensa...