(mais uma intentona da reacção)
Porque há coisas in dis cu tí veis
Princípios pelos quais não devíamos sobreviver
E tê-los no sítio ou procurar ou simplesmente ser
[um clássico: a vosso gosto]
Perscruto o meu interiorxxagora
Eu abaixo da minha consciência
Eu nos estados inferiores
Despertadoxxviolentamente
Donde queria fazer morada ou
O tal mistério da descrença no irreal
Mente posto em causaxxpor renúncia
Ao (des) virtuoso princípio
E apenas assim não me vejo.
Uma vez mais arremessado
(quel merde?!) do razoável e
Ambicionado repertório [exangue]
Do olhar desfiltradoxxum ex-pasmo
Por vezes azul outras dourado
Da dramática semente desorden(h)ada
Carência de humanidadexxorfão
De canais em sinal aberto…
Poderá alguma vez nascer a vontade colectiva
De ver o sol?
Circulo enclausurado entre o ódio
Tornado [esmagadoramente comum]
A conspiração latente das pastelarias
(porque afinal É o que importa Cesariny)
Inclinação desnatura dos entes dementes
Mais as suas vozes fechadas
En-ve-ne-na-da-men-texxquase sempre
em surdinaxxo nojo calculado e
Calcorreadoxxde umbigos desatados
Onde Maquiavel faria escola.
A simplicidade NÃO É a transgressão
Na proporção inversa da união
pelo embustexxfeito normal
(Máscara da insegurança)
O fora de jogo é dado à penitência
E têm de errarxxos projectados
Sitiados em pedopreocupações-zinhas-ógicas…
O caminho sempre se faz caminhando
Ou teremos de continuar a olhar-por-cima-do-ombro?
Desperto para o i(ni)maginável
Peso das trevasxxlobo do homem
(Rosseau faz cheque a Makarenko)
Para o soluço das cáries
Cheias de gente bonita
[por foraxxnunca por dentro]
Pois tudo é um enganoxxnem alternativa
Nem o bafiento ideal a atingir.
Estertor da miséria criativaxxe antes
Do já proclamado apocalíptico naufrágio
Desoperários do falhado e incapaz
Para não terem de falar do ofício
Espelham-sexxabdicando do sangue
Conluiam-se e combinam-se
Celebrando o caos enraivecidoxxsujo
A desumanização sem cordial
Improficuamente famintos da jogatina
Quantos anjos negros são necessários
Para começarmos a desejar a mágoa?
Jamais com o desabandono do ego…
Vila das Aves, 24 de Maio de 2008